Hoje (10/11) todos os jornais noticiaram que o Banco Panamericano, uma das empresas do conhecido apresentador e empresário Silvio Santos, recorreu a um fundo mantido pelos bancos nacionais para cobrir um rombo de R$ 2,5 bilhões.
Segundo as notícias que encharcaram os jornais (a rádio CBN, por exemplo, passou o dia todo praticamente falando sobre isso), o “problema” poderia ter sido causado por uma maquiagem nos números apresentados pela empresa em seus balanços, ou seja, já a algum tempo o banco estaria sendo infiel na hora de mostrar seus números.
Como alguém que trabalhou por volta de 6 anos como consultor na instituição e mais, como quem já está a uns bons anos no mercado financeiro, posso dizer que isso não seria de se estranhar, pois acredite, não é uma prática tão incomum assim no mundo todo.
Talvez o que seja diferente neste caso, pelo menos tem chamado mais a atenção, é que o próprio empresário tenha colocado como garantia do valor tomado do fundo, praticamente todo o seu patrimônio, ou seja, as 44 empresas do grupo.
Silvio Santos, que é conhecido por seu “talento em fazer dinheiro”, homem que começou como vendedor de rua e transformou-se num dos maiores empresários deste país, agora tem diante de si tudo o que construiu oferecido como garantia de pagamento do “empréstimo” feito para salvar o banco que construiu. Certamente ninguém acha que ele espera perder tudo. Segundo publicação hoje no site Yahoo Notícias “O presidente do conselho do FGC, Gabriel Jorge Ferreira, afirmou que é a primeira vez que um empresário se dispõe a entregar todas as empresas para pagar um empréstimo. "Nunca vi um empresário se colocar nessa situação. A disposição de entregar seu patrimônio é inédita", afirmou.”.
Mais do que a disposição de Silvio Santos em garantir o pagamento da dívida e salvar seu banco (que aliás teve parte vendida à Caixa Econômica Federal, já deixando um indício de que algo não ia muito bem), me chamou atenção a semelhança com o FAZENDEIRO citado na parábola de Lucas 12(*), contada por Jesus.
Conta a parábola que o fazendeiro disso para si mesmo: “Estou muito bem de vida. Tenho muitos bens e posso descansar tranquilamente, porque nada vai me tirar o sono. Aliás, vou construir mais coisas para abrigar meus bens e minha produção, porque certamente vou precisar” (versão livre minha). Mas Jesus diz que este fazendeiro, apesar de próspero do ponto de vista humano (e confesso que por este ponto de vista diria que ele mostra, inclusive, bastante coerência administrativa) é um louco: “Louco! Esta noite você pode morrer e o que ganhou, guardou e planejou, pra quem ficará? Quem assumirá seu lugar e colocará em prática os planos que você traçou e os compromissos que assumiu?”.
Interessante: ele não era visto como louco. Silvio Santos também não está sendo visto pelo mercado como um louco. Muito pelo contrário. Sendo um homem de “fazer dinheiro”, de “não entrar em jogo pra perder”, o mercado todo espera que ele saia desta situação de maneira tranquila (as ações do banco nem caíram tanto hoje, depois de tanta falação sobre o rombo financeiro), mas DEUS sim. ELE diz: “você é louco, porque confia apenas no que está vendo, no que tem, mas não sabe que tudo pode ser tirado a qualquer momento? E sua alma?”.
A advertência é séria e deve levar qualquer pessoa de bom senso a pensar: O que estou fazendo com a minha vida? Qual a real duração dos meus bens, meu patrimônio e tudo que construí? Qual o valor real disso tudo?
Que nos próximos dias, ao ouvir mais informações sobre a situação do banco Panamericano, ao ouvir mais notícias das ações de Silvio Santos, você se lembre da palavra de DEUS e não seja louco. Trate sua vida com DEUS já, enquanto é tempo!
Grande abraço.
(*)Lucas 12:16-23