segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Cultura

MAIS SIGNIFICADOS DE DITOS POPULARES

HERANÇA DOS INGLESES NO BRASIL...

A colaboração dos ingleses na construção das primeiras ferrovias do Brasil resultou, também em alguns termos de uso popular.

No popular: Pra inglês ver.

A estrada de ferro São Paulo - Santos foi uma verdadeira maravilha da engenharia.  Naturalmente, no início, os engenheiros ingleses apenas determinavam que o chão fosse escavado para que fossem colocados os dormentes.  O encarregado não tinha a menor idéia para que serviriam aquelas escavações e repassava a ordem. Quando alguém lhe perguntava: para que esses buracos? O encarregado retrucava:  "Pra inglês ver" porquê, com certeza os engenheiros davam as ordens  e depois voltavam para ver o serviço executado.

No popular: Trem.

Em Inglês: train.  Mesma palavra, abrasileirada.  (Em Portugal é combóio!)

No popular:  Bondes.

Em Inglês: bonds.  Em São Paulo, a "Light" (Companhia Canadense que fornecia eletricidade) decidiu instalar os primeiros carros elétricos coletivos, que  corriam sobre trilhos por toda a cidade.  A Light vendeu "bonds",  que em portugues significa ações, para financiar o projeto e...  o nome pegou!  Afinal, quem falaria: toma o carro elétrico coletivo número 32!  Os bondes fechados, que eram pintados de vermelho, também, eram conhecidos como camarões.

No popular:  Forró.

Em Inglês:  for all. 

No Nordeste, os chefes ingleses davam festa só para a comunidade inglesa e, as vezes, anunciavam que a festa seria "for all" - para todos.  Nessas ocasiões, os trabalhadores traziam seus instrumentos e providenciavam a música para a grande festa.  "For all," na fala Nordestina, virou forró e o nome passou à música improvisada da região.

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MUITAS VEZES SE FALA MAS NÃO SE SABE O SIGNIFICADO

ENTÃO, SAIBA. Explicando os ditos populares.

Diz-se: Batatinha quando nasce, esparrama pelo chão...
Enquanto o correto é: Batatinha quando nasce, espalha a rama pelo chão.

Se diz: Cor de burro quando foge.
O correto é: Corro de burro quando foge!

Outro que - no popular - todo mundo erra: Quem tem boca vai à Roma.
O correto é: Quem tem boca vaia Roma.

E ainda:
- É a cara do pai escarrado e cuspido, quando alguém quer dizer que é muito parecido com outra pessoa.
Correto é: É a cara do pai em Carrara esculpido (Carrara é um tipo de mármore, extraído da cidade de Carrara -Itália).

Mais um famoso: Quem não tem cão, caça com gato.
O correto é: - Quem não tem cão, caça como gato, ou seja,
sozinho!
Outra que se costuma falar errado é Por fora bela viola, por dentro pão bolorento. Não tem sentido pois se por fora é viola como pode ser pão por dentro?
O correto é Por fora bela viola, por dentro pau bolorento (pau no sentido de madeira).

FRASES QUE O POVO DIZ...

Vamos aprender.

NAS COXAS
As primeiras telhas usadas nas casas aqui no Brasil eram feitas de Argila, que eram moldadas nas coxas dos escravos que vieram da África. Como os escravos variavam de tamanho e porte físico, as telhas ficavam todas
desiguais devido as diferentes tipos de coxas. Daí a expressão fazendo nas coxas, ou seja, de qualquer jeito.

VOTO DE MINERVA
Orestes, filho de Clitemnestra (mitologia grega, esposa de
Agamemnon) , foi acusado pelo assassinato da mãe. No julgamento, houve empate entre os acusados. Coube à deusa Minerva (deusa da inteligência) o voto decisivo, que foi em favor do réu. Voto de Minerva é, portanto, o voto decisivo.

CASA DA MÃE JOANA
Na época do Brasil Império, mais especificamente durante a
menoridade do Dom Pedro II, os homens que realmente mandavam no país costumavam se encontrar num prostíbulo do Rio de Janeiro, cuja proprietária se chamava Joana. Como esses homens mandavam e desmandavam no país, a frase “casa da mãe Joana” ficou conhecida como sinônimo de lugar em que ninguém manda.

CONTO DO VIGÁRIO
Duas igrejas de Ouro Preto receberam uma imagem de santa como presente. Para decidir qual das duas ficaria com a escultura, os vigários contariam com a ajuda de Deus, ou melhor, de um burro.
O negócio era o seguinte: colocaram o burro entre as duas paróquias e o animalzinho teria que caminhar até uma delas. A escolhida pelo quadrúpede ficaria com a santa.
E foi isso que aconteceu, só que, mais tarde, descobriram que um dos vigários havia treinado o burro. Desse modo, conto do vigário passou a ser sinônimo de falcatrua e
malandragem.

FICAR A VER NAVIOS
Dom Sebastião, rei de Portugal, havia morrido na batalha de
Alcácer-Quibir, mas seu corpo nunca foi encontrado. Por esse motivo, o povo português se recusava a acreditar na morte
do monarca. Era comum as pessoas visitarem o Alto de Santa Catarina, em Lisboa, para esperar pelo rei. Como ele não voltou, o povo ficava a ver somente navios.

NÃO ENTENDO PATAVINAS
Os portugueses encontravam uma enorme dificuldade de entender o que falavam os frades italianos patavinos, originários de Pádua, ou Padova. Sendo assim, não entender patavina significava não entender nada.

DOURAR A PÍLULA
Antigamente, as farmácias embrulhavam as pílulas em papel dourado, para melhorar o aspecto do remedinho amargo.
A expressão dourar a pílula, significa melhorar a aparência de algo.

SEM EIRA NEM BEIRA
Os telhados de antigamente possuíam eira e beira, detalhes que conferiam status ao dono do imóvel. Possuir eira e beira era sinal de riqueza e de cultura. Não ter eira nem beira significa que a pessoa é pobre, está sem grana.

O CANTO DO CISNE
Dizia-se que o cisne emitia um belíssimo canto pouco antes de
morrer. A expressão canto do cisne representa as últimas realizações de alguém.

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